No dia 13 de setembro de 2012, iniciamos nossa atividade no
Colégio Ismael Cruz, cada bolsista foi direcionada de forma aleatória para uma
sala de aula. Nesse primeiro contato, íamos observar a sala de aula e a rotina
da escola. Fiquei numa turma o 3º ano. Quando adentrei na sala de aula, a
professora veio me falando os aspectos negativos dos alunos e a realidade
vivenciada por ela de forma nervosa, a mesma se encontrava bastante chateada
com eles, pois era dia de prova e eles não sabiam “nada”. Ela fez o seguinte
desabafo: “estas crianças estão no 3º ano
e não sabem ler, não reconhecem as letras do alfabeto. Isso é culpa desse ciclo
de alfabetização. Eu fui professora da alfabetização e meus alunos saiam de lá,
lendo tudo. A prova aqui é direcionada, eu tenho que ler para eles e acompanhá-los
passo a passo, [...] tem criança aqui na faixa de 10 a 14 anos!”.
No decorre de nossa conversa, notei que a mesma tem um
carinho enorme com os alunos. Ela estava chateada porque já havia ensinado
aquele assunto, tinha feito aulas expositivas e práticas, e, além disso, sabia
que a prova que estava aplicando não condizia com a realidade do planejamento e
do trabalho realizado.
Sobre a estrutura física da escola, notei que é bem
estruturada, possui 2 banheiros, 11 salas de aula, arejadas com janelas e ventiladores.
Em relação aos alunos, aparentemente, se comportaram bem, não teve nenhuma
bagunça durante o tempo que permaneci na sala. Entretanto, pude constatar que o
nível de aprendizagem deles é baixo, não reconhecem o alfabeto, não conseguem
fazer a prova sem o auxílio da professora. São alunos moradores de um bairro
periférico, cuja maioria da população é de baixa renda.
Estou super empolgada em começa a trabalhar com estes
alunos, sei que enfrentaremos grandes desafios, mas quero ver aquelas crianças
lendo e avançando na vida.
Dominick
do Carmo Jesus
Bolsista de Iniciação à Docência PIBIB/UESB/Pedagogia
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