terça-feira, 26 de março de 2013

AMOSTRA DOS TRABALHOS EM ANDAMENTO


Subprojeto de Pedagogia – PIBID está realizando seminários com vários temas abortados, um deles já apresentado, foi sobre Projeto Político Pedagógico que define a identidade da escola e indica passagem para educar com qualidade. Todas as bolsistas participaram com a produção de uma resenha. 

Resenhas


O Projeto Político Pedagógico e a Avaliação
VILLAS BOAS, B. M. de F. Escola: espaço do projeto político-pedagógico/ organização de Ilma Passos Alencastro Veiga, Lúcia Maria Gonçalves de Resende. – Campinas, SP: Papirus, 1998, pp. 179-198.
Autores (as) da resenha: Cíntia Farias /Elane Porto Campos

O texto que será resenhado a seguir foi escrito por Benigna Maria de Freitas Villas Boas, e faz parte da coleção Magistério: formação e trabalho pedagógico, publicado pela editora Papirus em 1998, fala sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP) e a Avaliação, e ressalta que é através da avaliação que se chegará a um produto final desejável. Foi inspirado na historia de um garoto de doze anos chamado Craig Kielburger que fundou a organização Liberte as Crianças por acreditar ser a nação responsável por todas as crianças do mundo, não fazendo distinção de raça, cor ou etnia. A questão levantada logo no inicio do texto é o tipo de escola que este jovem frequentava, provavelmente uma que o fizesse pensar, questionar, e que não limitava seus pensamentos e ideias ao currículo escolar. A autora também faz um questionamento de quantos garotos como esse poderia estar tendo essas mesmas atitudes se as escolas lhe dessem oportunidades de pensarem e desenvolverem iniciativas construindo sua própria aprendizagem em vez de se tornarem meros repetidores de atividades prontas.
O paragrafo que apresenta as primeiras informações sobre a construção do Projeto Politico Pedagógico (PPP) começa se referindo sobre a admissão de uma atual expressão “trabalho pedagógico” que traz recentes reflexões acerca de duas novas posturas por parte da escola, no qual a primeira defende que este exercício pertence a seu autor, e este é o responsável por planejá-lo e organizá-lo e não por um terceiro que não o conhece, a segunda é o esclarecimento de que as atividades do aluno o seu desenvolvimento sua avaliação que constituem seu trabalho, deve envolvê-lo em todo o processo. No capitulo está claro a tentativa de democratização do ensino e da escola como um todo, e o PPP não deve ficar de fora sendo elaborado de maneira que os agentes presentes possam participar deste processo embutindo suas ideias e sugestões, esta criação precisa ser frequente, pois sempre aparecem novos elementos, a serem introduzidos no projeto, como novas experiências e interesses, bem como novos atores, além disso, essa estruturação necessita ser fundamentada teoricamente para que as palavras de quem as escrevam possam ser embasadas.
No trecho no qual se refere à importância do Projeto Político Pedagógico, o autor enfatiza novamente certa democratização que parece não existir nas escolas, pois os estudantes continuam cumprindo ordens, e o papel da escola efetivamente não é esse, mas sim formar cidadãos que estejam prontos para a vida. Dentro da instituição escolar existem direitos e deveres, direitos pelo respeito dos profissionais da educação e o dever de promover a aprendizagem ao aluno, fato este que não ocorre sempre, segundo a autora, já que o processo escolar já se inicia fragmentado, selecionando os alunos de acordo com aprovação e reprovação, dentre outras situações que distancia os jovens. A autora assegura ainda ser este um dos fatores de exclusão de sujeitos do sistema de ensino. Cada pessoa tem características próprias, da mesma forma, as escolas são diferentes, com necessidades diferentes, com profissionais diversificados que já trazem uma visão de mundo, de educação e valores internalizados. Os alunos também já trazem uma cultura, uma bagagem com necessidades diferenciadas, tudo isso segundo a autora, faz com que a escola tenha de conduzir seu próprio jeito de trabalhar, suas atividades, sempre de forma coletiva e participativa, para que assim se construa um espaço compartilhado.
O texto volta a ressaltar a construção do Projeto Político Pedagógico e a existência da autonomia em sua formação, para tomada de decisões em relação ao currículo, e ações próprias da escola. Autonomia é criar os melhores meios para aplicar as normas educacionais básicas (VILLAS BOAS, 1993, p.183). A ausência desta implica em um trabalho mecanizado, sem inovações, sem respeito às sugestões dos envolvidos no caso os alunos, muitas vezes se baseando apenas em um currículo restrito que propõe atividades do livro, e o professor que o segue a risca contribui para o trabalho repetitivo.
Em outro momento do capitulo, que se refere ao papel da avaliação percebe-se que a harmonia entre a própria avaliação e a autonomia, deve sempre existir, para acontecer a tão falada construção coletiva do PPP, e posteriormente para realização desta. A avaliação pode ser aplicada em duas faces, a somativa e a formativa que de acordo com o autor citado no texto Sadler (1989), afirma que a avaliação formativa é mais adequada, pois diz respeito ao uso que se faz das informações sobre a qualidade e desempenho dos alunos com o proposito de apoiar sua aprendizagem. Nesta parte do texto, ainda é possível lê-se que a auto avaliação é um fator preponderante para um bom desempenho do aluno, pois o aluno é quem se conhece e pode se avaliar precisamente, assim os próprios avaliadores se corrigirão tentando progredir gradualmente, outra vantagem é que o estudante aprenderá a ser mais independente do professor, até mesmo para estudar.
O autor defende a utilização do portfólio ou pasta avaliativa como ferramenta de auxilio para uma avaliação formativa, na qual o individuo acompanha o próprio progresso e suas maiores dificuldades, aprimorando seu desempenho em aprender e prosseguir. O portfólio irá permitir aos demais atores e principalmente aos próprios iniciantes analisar seu desenvolvimento possibilitando a oportunidade de melhorar seu trabalho. A autora enfatiza a
participação do aluno na escolha dos trabalhos que farão parte de sua pasta, assim ele poderá decidir sobre quais produções incluir e dizer o porquê de suas escolhas. Villas Boas (1998) sugeri que o uso dessa ferramenta também se estenda à avaliação do trabalho pedagógico de toda escola e de uma turma e/ou disciplina. Ainda, o portfólio poderá ser utilizado na avaliação da atuação do professor, sendo que seu crescimento profissional é um processo pessoal que é conduzido pelo próprio indivíduo, portanto a autorreflexão faz parte desse desenvolvimento.
Na parte em que fala do planejamento da avaliação, a autora começa fazendo questionamentos sobre o cuidado que se deve ter com o planejamento da avaliação formativa, de como usar as informações coletadas em sala de aula para planejar o trabalho pedagógico da escola, e como envolver os alunos na sua própria avaliação é algumas das questões levantadas. Ela ressalta que as respostas não veem prontas, é necessário que todos os envolvidos, busquem através de discussões e estudos, construir práticas avaliativas adequadas à escola e práticas específicas de cada disciplina/atividade. Villas Boas (1998) destaca a importância de se perceber a avaliação como algo inserido em todos os momentos do trabalho da escola e da sala de aula, pois ela possui tanta relevância que pode tanto facilitar como prejudicar o desenrolar das atividades. A autora acrescenta ainda, que nas reuniões de estudos ou tomadas de decisões do grupo uma pergunta deve ser respondida e a resposta registrada: para que queremos isto? A resposta dessa questão fará com que objetivos e formas adequadas de avaliação sejam alcançados. Segundo Villas Boas (...) como um ato presente em todos os momentos do trabalho pedagógico, a avaliação precisa ser planejada: o que, por que, para que, como, quem e quando avaliar são decisões a serem tomadas pelo grupo de profissionais da educação que atua na escola (1998, p. 196).
No texto percebe-se a importância do planejamento do PPP que deve envolver a participação de todos os atores compartilhando opiniões e experiências, só assim a escola formará cidadãos independentes, críticos capazes de colaborar interagir e enfrentar as diversidades da vida. Ao ler o capitulo resenhado fiquei bastante satisfeita, pois são temas relevantes para um bom ensino e aprendizagem, e são tranquilamente entendidos e aceitos. Certamente, até que o objetivo desejado seja atingido na aprendizagem muito se discute sobre questões avaliativas e processos de melhoramento do ensino, o texto traz justamente assuntos de dentro da educação e da escola em si, a serem trabalhados com intuito de aprimorar todo o processo.
Fazer a leitura deste texto é bastante enriquecedor no processo de formação docente, pois possibilita que nós aprendizes, possamos conhecer temas ainda não vividos, por falta de experiência no âmbito escolar. Este texto é interessante para todos que estejam comprometidos com os avanços em busca de uma escola com autonomia que não forme indivíduos apenas para o trabalho e sim para a vida.
VEIGA, ILMA PASSOS ALECASTRO. Projeto político-pedagógico: Uma construção possível/ (org.)-Campinas; SP: Papirus, 1995, 9° edição.      
Bolsistas: FERNANDA SOUZA DE ALMEIDA /LILIANE OLIVEIRA ALMEIDA    


Com base na leitura do livro escrito por Ilma passos A. Veiga, o texto fala sobre o projeto político pedagógico, o que ele representa para escola, quais seus objetivos e o que ele traz de benefícios e quem é beneficiado por ele, aborda alguns aspectos segundo a autora Veiga. O projeto político pedagógico tem sido a base da escola, pois nela esta contida o planejamento das atividades ocorridas durante o ano, tudo depende desse projeto com um único objetivo melhorar ,buscar possíveis soluções  para um bom desempenho no decorrer do ano e superar suas metas.

 PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
Veiga define que “o projeto político pedagógico vai além de um simples agrupamento de ensino e de atividades diversas.” Para ela, ele é construído e vivenciado todos os dias, por todos envolvidos no processo de educação. A autora esclarece também que este projeto não trabalha só dentro da escola é também político, ela explica que: “É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade”, pois a intenção da escola é formar um cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo enfim preparado para o mundo e não só um sujeito alienado, preso nos portões da escola. Nas palavras da autora a principal possibilidade de construção do projeto político pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, ou seja, a escola determina sua identidade. Esse projeto tem que ser um trabalho conjunto com a administração central, ministério da educação, secretaria da educação, professores, funcionários da escola. Para Veiga “A luta da escola é para a descentralização em busca de sua autonomia e qualidade”.
A autora define alguns tópicos principais norteadores da escola democrática, pública e gratuita são eles, Igualdade de condição para acesso e permanecia na escola; Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais; Gestão democrática é um principio consagrado pela constituição vigente e abrange as dimensões pedagógicas,administrativa e financeira; Liberdade é outro principio constitucional;Valorização do magistério é um principio central na discussão do projeto político-pedagógico,Veiga acrescenta :
“A importância desses princípios esta em garantir sua operacionalização nas estruturas escolares, pois uma coisa é estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo, e outra estar na dinâmica interna da escola, no real, no concreto” (1991.p.82).
Esses princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério são elementos principais para uma boa organização do projeto, ela ainda cita elementos básicos importantes são eles: finalidades da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, as relações de trabalho, a avaliação. Esses elementos segundo ela trará contribuições relevantes para a construção do projeto político-pedagógico. Para definir esses tópicos Veiga cita:
·         Finalidade escolar “[...] As finalidades da escola referem se aos efeitos intencionalmente pretendidos e almejados” (Alves 1992, p 19);           
·  Estrutura organizacional “a analise da estrutura organizacional da escola visa identificar quais estruturas são valorizadas e por quem, verificando as relações funcionais entre eles.”
·  Currículo “Currículo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente.”
Tempo escolar “A organização do tempo do conhecimento escolar é marcado pela segmentação do dia letivo, e o currículo é o conseqüentemente organizado em períodos fixos de tempo para disciplinas separadas.” As relações de trabalho “[...] As relações de trabalho no interior da escola, deverão estar calçadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva” Avaliação “O processo de avaliação envolve três momentos: a descrição e a problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade descrita e problematizada e a proposição de alternativas de ação, momento de criação coletiva.” A autora Ilma Veiga é bem clara nas suas palavras, de uma forma bem simples e clareza ele define o PPP como “o projeto político pedagógico vai alem de um simples agrupamento de ensino e de atividades diversas”, que o compromisso da escola com a educação vai muito além de seus limites, e com o projeto político-pedagógico é uma forma dela se organizar, planejar, refletir quais são suas reais necessidades. E esse projeto é construído com a participação da escola, comunidade, pais e governo.


                      
Resenha do texto: Projeto Político- Pedagógico da escola: Uma construção coletiva. Feita pelas alunas: Ana Paula de Jesus Oliveira Rocha e Milena Alves Ferreira. Itapetinga-Ba, 02 de março de 2013.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção coletiva. São Paulo: Papirus, 2000, p. 11 -34.
A autora inicia seu texto evidenciando a importância de se refletir sobre a concepção, a realização e avaliação dos PPPs, levando em conta seu dimensionamento organizador e decisivo nas práticas escolares. Para adequado entendimento dos leitores, ela apresenta suas reflexões norteadas e decompostas por três tópicos, que: conceitua os PPPs; aponta os princípios norteadores; e orienta a construção documental do projeto.
Para ela, a organização do PPP – Projeto Político Pedagógico, esta diretamente ligada à organização da sociedade. É político no sentido de assumir compromisso com a formação do cidadão, preparando-o para determinado tipo de sociedade. É pedagógico, por atender sua intencionalidade através da educação representada pela instituição escolar que deve cumprir seu papel de formar cidadãos críticos e participantes ativos nas convivências sociais. Define projetar, como: lançamento, preparo e planejamento para um futuro desejado, juntamente com, pela e para toda a comunidade escolar, estendendo-se a todos os que direta ou indiretamente dela se beneficia.  O PPP não pode ser um documento construído apenas para atendimento das demandas burocráticas, tendo seus intentos esquecidos no decorrer do ano letivo. Melhor que isso, ele demanda um constante processo de reflexão para superação dos conflitos e do autoritarismo, proporcionando o novo, pelo qual se pode construir ou reconstruir os processos educativos emolduradores das sempre novas identidades sociais.
 Elenca cinco princípios que deverão ser observados nas construções dos PPPs, afim de que a escola alcance eficiência em seus resultados: igualdade de condições - cita Saviani que alerta para o fato de que existem desigualdades nos pontos de partida, mas que, deve ser garantida pela mediação escolar a igualdade no ponto de chegada; a qualidade que deve ser propiciada a todos e compreendidas além das metas quantitativas de acesso global; a efetivação da gestão democrática, garantida por lei, devendo ser aplicada nas dimensões pedagógicas, administrativas e financeira, para rompimento com as tradições de dominação históricas, ensejando a inclusão e participação de todos os envolvidos e beneficiados; a liberdade que garante o direito da autonomia,  tão necessária para o desenvolvimento das  aplicação dos PPPs;  e a valorização do magistério, estreitada diretamente na formação inicial e continuada, nas condições de trabalho, na dedicação integral a escola, na redução do número de alunos nas salas e na remuneração que deve ser justa para garantia da sobrevivência dos docentes e seus  familiares.
Para a construção dos PPPs aponta a necessidade de pelo menos sete elementos básicos: a finalidade, que deverá ser perseguida para alcance dos objetivos que devem ser intencionalmente almejados; a estrutura organizacional, composta pelas esferas administrativa e pedagógica; o currículo, sendo o meio pelo qual é feita a construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que essa construção se efetive; o tempo escolar que deve ser estudado e refletido pela equipe de educadores; o processo de decisão, que deve ser conduzido de acordo com os interesses da comunidade escolar; as relações de trabalho que deverão ser calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva; e a avaliação, enquanto ato dinâmico que qualifica e oferecem subsídios, imprimindo direção às ações dos educadores e dos educandos.
O texto é de fácil compreensão e mostra-se muito profícuo aos profissionais da educação e a todos quanto possa interessar. Oferece uma visão completa das constituições e significados impressos nos PPPs, assim como, evoca, construções  reflexivas que devem esta presentes nas construções dos PPPs, condicionando definitivamente o seu sucesso. 














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